Cecília Baumann
Eduardo
domina a linguagem e, melhor, mostra que tem completo discernimento sobre o que
pretende passar para o leitor. Sua escrita é rica e, surpreendentemente, fácil
e gostosa de ser lida. E, após a última palavra, dependendo da história, o
sentimento surge, podendo ser em forma de gargalhada, revolta, tristeza, pois, que nem Nelson Rodrigues, a vida como ela é.
Mas não pense você que Eduardo seja uma nova versão de Nelson, bem
como este não é a versão antiga daquele. São distintos, o que demonstra que a
literatura brasileira consegue ser inovadora nesses tempos tão corridos para se
tomar um Chicabon na esquina.
Li e
reli 57 CONTOS E CRÔNICAS POR UM AUTOR MUITO VELHO, mas não
consegui escolher a minha história favorita. No entanto, não há como passar em
branco pela capacidade criativa de Eduardo em O PAI DO ROCK
FOI UM PÉSSIMO CAÇADOR, revoltar-se com o cinismo do protagonista
em A CARTA E A URNA, conter uma lágrima em MENINO DA ROÇA e
gargalhar com o final de GENUÍNO, O SINCERO. E, parafraseando o
título de um dos contos do livro, O MUNDO LÁ FORA o aguarda,
Eduardo Martínez.
A capa do livro é muito interessante. Mostra o autor de
costas com sua filha na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. A
orelha foi escrita pelo professor José Geraldo de Sousa Junior, ex-reitor da
Universidade de Brasília. O jornalista José Seabra assina o prefácio. E os
comentários de última capa são escritos pela jurista Soraia Mendes, pelo
escritor e poeta Daniel Marchi e pelo professor Leandro Mendes.
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