Outra cena que me enche de calma é quando a vejo brincando junto com o pai. Os dois têm uma cumplicidade que ultrapassa as palavras. Muitas vezes nem precisam conversar: basta um olhar ou um sorriso e, de repente, estão mergulhados em aventuras imaginárias (ou não) que só os dois sabem inventar. É um espetáculo silencioso e, ao mesmo tempo, vibrante de vida.
Às vezes, claro, dá vontade de participar da brincadeira, de me juntar a eles naquele universo tão próprio. Mas, na maioria das vezes, fico quieta, apenas observando, com medo de quebrar a magia. Porque o que eles têm juntos é bonito demais, e eu aprendi a valorizar também o lugar de espectadora privilegiada dessa relação.
São nesses momentos simples que encontro um tipo de paz raro, aquele que não se compra, não se planeja e não se força: ele simplesmente acontece.
- Nota de esclarecimento: A crônica "Quem observa ao longe, não quebra a magia da vida" foi publicada por Notibras no dia 12/9/2025.
- https://www.notibras.com/site/quem-observa-ao-longe-nao-quebra-a-magia-da-vida/
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