Assim que chegamos, minha pequena correu
para o balanço, depois subiu e desceu o escorrega aquela costumeira infinidade
de vezes. Catou algumas sementes vermelhas no chão e, em seguida, apontou para
a copa da árvore logo acima.
— Hum! Hum! Hum!
Esse modo de se comunicar é bastante
peculiar, e, sem perder tempo, olhei para cima na tentativa de ver o que ela
estaria vendo. Mas eis que a minha filha, assim que nossos olhos se cruzaram,
abriu os braços com as palmas das mãos voltadas para cima.
— Cadê? Cadê?
Pois é, cadê o sagui? Foi aí que a minha
menina me puxou pela mão e fomos fazer um safári pelo parquinho. Não sei se
você já tentou encontrar um desses primatas entre a folhagem densa, mas afirmo
que não é coisa fácil, ainda mais quando o danado parece brincar de
estátua.
Olha daqui, olha dali, olha até dacolá.
Nada! Não tive dúvida e, não tardou, lá estava eu imitando a Malulinha.
— Cadê? Cadê?
Olhos mais argutos que os meus, eis que a
caçulinha, de repente, apontou o dedo em direção a uns galhos bem lá no alto.
— Hum! Hum!
Foi aí que avistei o nosso amiguinho. E,
para nossa surpresa, ele não está só neste mundo. Há uma família inteira,
inclusive com crianças-macaquinhas.
Ficamos ali com a cabeça voltada para cima
vendo as peripécias daqueles que são nossos primos, até que, quando deu a hora,
voltamos de mãos dadas para casa. Não sei exatamente o que a Malulinha pensa
sobre a sua descoberta, mas certamente sabe que ter alguém para se aninhar é essencial.
No mínimo, dá uma sensação de segurança e conforto, como se o mundo pode até
desabar, mas sempre teremos o aconchego de um colo.
- Nota de esclarecimento: A crônica "O nosso amigo mico-estrela" foi publicada por Notibras no dia 6/6/2025.
- https://www.notibras.com/site/o-nosso-amigo-mico-estrela-e-sua-bela-familia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário