"Em respeito à deputada,
porque, na verdade, ela não me fez pergunta nenhuma, né? Eu só queria dizer
assim... Octavio Paz, em ‘O Labirinto da Solidão’, diz que quando (Cristóvão)
Colombo chegou, (os indígenas) não viram as caravelas... Elas estavam ali
fundeadas, mas não havia cognição para poder representar cerebralmente uma
imagem que era absolutamente incompatível com o quadro mental de uma cultura
que não tinha elementos para visualizar... Por isso que os gregos diziam que
‘teoria’ significa ‘aquele que vê’, o ‘teores’, é ‘aquele que vê’... A gente só
vê o que tem cognição pra ver... Eu não tenho como discutir com a deputada
porque a sua visão de mundo, a sua percepção como cosmovisão, só lhe permite
enxergar o que a senhora já tem escrito na sua cognição... Então a senhora vai
ver não é o que existe, mas é o que a senhora recorta da realidade... A
realidade é recortada por um processo de cognitivo de historicização... Então,
eu não posso discutir um tema que contrapõe visão de mundo, concepção de mundo,
entendeu?”
Nem sei se você que está me lendo se deu ao trabalho de, ao menos,
passar os olhos sobre as 272 páginas da denúncia apresentada pelo
Procurador-Geral da República Paulo Gonet, mas deveria. Se eu li? Sim, isso é
óbvio, pois sou deveras curioso para saber o que os denunciados, segundo a
denúncia, tramaram contra a DEMOCRACIA.
Por que escrevo com letras garrafais? Por que acredito
que a DEMOCRACIA é a única forma de governo aceitável. Se é perfeita? Óbvio que
não, mas é a única plausível numa sociedade sã. Vou aqui recorrer a alguém
que, indiscutivelmente, é histórico personagem voltado à direita: Winston
Churchill.
"A democracia é a pior forma de
governo, à exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas ao
longo da história."
Não sei se você assistiu ao filme
"Djando Livre", do Tarantino. É que percebo que o meu ofensor seria
algo como Stephen, personagem vivido pelo excelente ator Samuel L. Jackson.
Stephen é um homem escravizado, mas que defende com unhas e dentes os
interesses de seu proprietário, Calvin Candle, encenado por Leonardo Di
Caprio.
Não vou aqui me prolongar em análises sobre o assunto,
mesmo porque não sou psicólogo, psiquiatra ou cientista político, e preciso
escrever meus contos e crônicas, que são publicados diariamente na editoria
Quadradinho em Foco, aqui no Notibras. Ah, quanto à referida suposição do
sujeito, estou pensando seriamente em solicitar cidadania venezuelana.
Talvez, meu sobrenome sirva como facilitador.
- Nota de eesclarecimento: A crônica "Com esse sobrenome, só pode ser venezuelano" foi publicada por Notibras no dia 21/2/2025.
- https://www.notibras.com/site/gado-analfabeto-e-burro-continua-apostando-em-um-mito-feito-de-barro/
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