Meia-direita,
mas jogando como um verdadeiro 10, o lendário craque marcava gols salvadores
nos minutos finais de partidas sofríveis, quando o time era massacrado por
ataques adversários. Obviamente que não era sempre que aquele herói improvável
conseguia impedir que o Glorioso perdesse, mas, mesmo assim, ele caiu nas
graças da torcida, haja vista tamanha dedicação e amor ao clube. Tanto é que,
durante uma entrevista, ele disse para quem quisesse ouvir: "Não sou um
jogador do Botafogo. Sou um torcedor do Botafogo!"
O momento mais
lembrado desse gênio dos gramados, provavelmente, é o terceiro e derradeiro gol
na partida contra o Flamengo em 1981, quando o Botafogo venceu por 3 a 1.
Mendonça, do lado esquerdo, recebeu um longo lançamento do lado oposto. Matou
no peito, deu um drible desconcertante sobre o grande Júnior e, em seguida,
chutou no canto sem chance para Raul. Essa belezura de gol recebeu a alcunha de
Baila Comigo, então sucesso da também saudosa Rita Lee.
Apesar da incrível passagem pelo alvinegro, isso não foi capaz de impedir que o Mendonça tenha sido quase expulso do time, pois ele não conseguiu acabar com longos anos sem título. Esse lamentável episódio, no entanto, não apagou a memória dos torcedores. Tanto é que o Mendonça, ainda hoje, figura entre os mais reverenciados ídolos da história do Botafogo. Um ídolo sem títulos, é verdade, mas, nem por isso, sem glórias.
- Nota de esclarecimento: A crônica "Mendonça, um ídolo em preto e branco" foi publicada por Notibras no dia 17/12/2024.
- https://www.notibras.com/site/mendonca-um-idolo-em-preto-e-branco-que-deu-cores-nitidas-ao-futebol/
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