_ O
que foi, amorzinho?
_
Edu, lembra daquele dia em que estávamos naquela praça lá em Brasília com o
Chengulo, e uma mulher apareceu e perguntou se você poderia responder a uma
pesquisa?
_
Lembro. E o que tem isso?
_ É que você disse que tínhamos um filho de sete anos que se
chamava Chengulo.
_ E daí?
_ Daí que ela fez uma cara de surpresa. Até repetiu o nome:
"Chengulo?"
Pois é, isso aconteceu numa manhã
ensolarada na Asa Norte, quando estávamos passeando com o Chengulo. A moça da
pesquisa não percebeu que estava diante do nosso filho, pois imaginou que ele
estaria na escola.
É engraçado como a vida é tão curta, especialmente a dos cães. No entanto, parece que eles vivem de modo mais intenso, como se soubessem que não há tempo a se perder. Mas não na ânsia de ganhar cada vez mais e mais dinheiro, ser reconhecido por isso ou aquilo. E o Chengulo, com aquela cara achatada, faz muita falta. O que me conforta é que ele soube como ninguém levar uma vida plena de cachorro.
- Nota de esclarecimento: A crônica "Um dia ensolarado em Brasília" foi publicado por Notibras no dia 13/11/2024.
- https://www.notibras.com/site/chengulo-o-filhote-teve-vida-plena-de-cachorro/
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