Estávamos conversando um dia desses em Porto Alegre, na casa da Dona Irene. Aliás, falar que estávamos conversando é força de expressão, pois o Cleidson parece que tem o DNA do Fidel Castro, já que, quando começa a discursar aqueles falas longas, somos, literalmente, só ouvidos. Às vezes, nos perdemos em pensamentos paralelos, tamanhos são os causos contados por ele. Mas uma nos chamou a atenção, que era sobre uma aventura em que ele praticamente foi desafiado a enfrentar: rapel em uma cachoeira muito alta.
Mas antes que você imagine que o meu amigo é um indivíduo que adora esportes radicais, vou logo avisando: o Cleidson é do tipo que prefere passar o dia inteiro no sofá jogando paciência no celular. E, quando deseja sentir mais emoção, ele busca um filme de terror tipo B, desses que você não sabe se fica com medo ou se ri, de tão absurda que é a história. Ou seja, o meu amigo é provavelmente o último ser vivo que poderíamos esperar que se aventurasse descer pendurado por uma corda em uma cachoeira, com sério risco de despencar e se esborrachar todo nas pedras e, por conseguinte, virar comida de piranhas assassinas. Mas lá foi ele!
Enquanto descia pela corda, que rangia como se fosse partir a qualquer momento, o nosso quase herói se deparou com um vão na cachoeira, que o obrigava a ficar de ponta-cabeça. No entanto, a água, que descia muito forte, antes na sua cabeça, passou a atingir as partes mais sensíveis do Cleidson, que começou a gritar de dor. Com a boca aberta, acabou bebendo forçosamente litros de água.
Desesperado e sem ar, ele voltou a ficar na posição quase em pé, o que provocou uma forte batida da sua testa numa pedra. O sangue, obviamente, escorreu por seu rosto, tampando ainda mais a sua visão. Desesperado, o meu amigo já imaginou que aquele seria o seu adeus deste mundo, quando, após vários minutos, que pareceram séculos, foi socorrido por um amigo que estava nas proximidades.
Logo após terminar essa história, a Dona Irene e eu notamos que o Cleidson tremia e suava, como se tivesse passado novamente por essa situação tão perigosa. Ficamos em silêncio não sei por quanto tempo, até que a minha esposa se virou para ele e perguntou: "O que esse seu amigo tinha contra você?"
- Nota de esclarecimento: A crônica "A treta do amigo do meu amigo" foi publicada por Notibras no dia 11/1/2024.
- https://www.notibras.com/site/fidel-faz-historia-com-treta-do-amigo-do-meu-amigo/
Kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirO melhor de tudo foi a pergunta da Irene.
Kkkkkkkkkkkkkkk
É a mesma coisa de convidar o Dudu pra almoçar e fazer feijão, berinjela e depois, banana de sobremesa.
Kkkkkkkkkkkkkkk
Coitado, do Cleidson!
Maria Lúcia, o Cleidson passou mesmo por uma situação crítica!!! E você me conhece muito bem mesmo, pois são coisas que eu detesto!!! Beijo na bochecha!!!
Excluir"pois o Cleidson parece que tem o DNA do Fidel Castro, já que, quando começa a discursar aqueles falas longas, somos, literalmente, só ouvidos." Ri alto aqui, pq é desse jeito
ResponderExcluirPois é, Kriska, ele é mesmo assim! Mas até que gosto, ainda mais porque ele me fornece elementos interessantes para colocar nas histórias do blog. Isto é, as publicáveis! Muito obrigado por acessar o blog. Forte abraço!!!
ExcluirIsso que é amigo!
ResponderExcluirkkkkkkk
muito legal!
Muito obrigado!!!
Excluiramo seus contos e a resposta de D Irenefoi ótima
ResponderExcluirManu, a resposta da Dona Irene foi mesmo ótima. Muito obrigado, mais uma vez, pelo comentário maravilhoso! Abração!!!
Excluir