Pois bem, o Alvarenga e eu falávamos qualquer coisa, que nem me lembro o que era, tamanha o acontecimento que se seguiu. Um bate-boca vindo lá na frente entre o caixa e um cliente nos chamou a atenção. Aliás, chamou a atenção de todo mundo, tanto é que os que estavam mais atrás na fila, como no nosso caso, esticaram o pescoço para ver do que se tratava.
Um homem corpulento e de voz rascante reclamava em alto e bom som com o homem do caixa. Observei aquela cena por alguns milésimos de segundo quando, então, constatei que era o Almeidinha. Sim, o meu amigo lá dos tempos da faculdade de jornalismo estava logo ali esbravejando. Saí da fila e fui até ele. Toquei o seu ombro direito e falei: "Almeidinha, há quanto tempo!"
Tudo parecia lindo e maravilhoso! Eu acabara de reencontrar o meu grande amigo, por quem procurei por anos. Todavia, logo me lembrei que o Almeidinha tem certas peculiaridades tão arraigadas, que eu nem deveria ficar surpreso com o desfecho desse encontro. Ele olhou para mim como se tivéssemos nos visto no dia anterior e disse: "Oi, Edu!" Depois, ele se virou e continuou a brigar com o caixa.
- Nota de esclarecimento: A crônica "Almeidina e o caixa do banco" foi publicada por Notibras no dia 3/2/2024.
- https://www.notibras.com/site/almeidinha-em-dia-ruim-e-o-caixa-do-banco/
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