Nessa época, estava lotado no Andaraí, em uma unidade quase em frente ao antigo campo do América, que já havia se transformado no shopping Iguatemi. Como eu morava longe, pedi para ser lotado no DEREG, que era um enorme depósito de material na entrada da favela Kelson, também conhecida como comunidade Marcílio Dias, bem ali na Penha Circular. Foi justamente nessa lugar que conheci uma dos meus maiores amigos, Antonio Manoel. Ele é uma das pessoas mais carismáticas que conheço, a minha esposa também pensa o mesmo. Nós o amamos demais!!!
Pois bem, vamos à história! Lá estava eu entrando no grande galpão. Cheguei bem cedo, fui direto para o departamento que eu deveria me apresentar. Lá encontrei um colega, o Braga, vulgo Piu-Piu, que eu homenageei no meu primeiro romance, publicado em 2004, chamado "Despido de ilusões".
O Braga, que até esse momento não me conhecia, me perguntou quem eu era e o que estava fazendo ali. Eu me apresentei e lhe disse que havia sido transferido. Ele logo falou: "O que você aprontou para ser mandado pra cá?" Estranhei a pergunta e falei que eu havia pedido para ir para ali. Ele deu uma sonora gargalhada e exclamou: "Ah, então, você é doido!" O Braga disse isso porque o DEREG era conhecido como um local para mandar os funcionários mais problemáticos. Na verdade, eu não sabia disso até então, mas foi aí que fui entender a pergunta do chefe do meu antigo setor: "Você tem certeza de quer ir mesmo pro DEREG?"
Logo após essa breve conversa, o Braga me convidou para dar uma volta no enorme depósito. Era realmente imenso! O maior do Brasil, descobri depois. Após a breve apresentação ao meu novo local de trabalho, voltamos para a sala. Perguntei para o Braga onde ficava o banheiro. Ele me apontou o local.
Empurrei a porta, pois estava com muita vontade de fazer xixi, mas quase caí para trás, pois havia um homem com short arriado em frente ao mictório se aliviando, tirando a água do joelho, como a minha esposa acabou de falar aqui, já que estou escrevendo este texto em voz alta para ver se ela o aprova ou não.
O tal mijão percebeu que eu havia entrado no recinto, virou o rosto e me esticou a mão: "Prazer, Antonio Manoel!" A situação era tão esdrúxula, que nem me recordo se apertei ou não a sua mão. A única coisa que ainda recordo é aquele traseiro mais branco que ovo de galinha de granja. Pois é, antes mesmo de conhecer o Antonio Manoel, conheci o seu bumbum.
- Nota de esclarecimento: A crônica "Encontro inesperado" foi publicada pelo Notibras no dia 20/04/2023. Foi feita uma pequena modificação no texto para os leitores do jornal se sentirem mais familiarizados com a história.
- https://www.notibras.com/site/totonho-do-bb-tinha-o-bumbum-como-casca-de-ovo/?fbclid=IwAR0wLsbUXLNIFljSSKAsrn_b5pQ7Y9gbAWGUDqedFzr2lmiUoQcG6EUTaYc
Kkkkk amei! Eu tenho a foto dessa bunda dele...kkkk
ResponderExcluirSei de nada!!!
ExcluirEsse é o Antônio ... Qualquer semelhança é mera coincidência...kkkk
ResponderExcluirO Antonio é o meu amigo mais fácil de amar. Criatura maravilhosa e muito divertida! Todos nós ficamos iluminados com tamanha quantidade de luz!
ExcluirHahaha
ResponderExcluirImaginando a “cena”.
Foi muito impactante na época, mas depois de um tempo levei com bastante naturalidade e risadas. Até hoje conto essa história.
ExcluirKkkkkkk que forma constrangedora de conhecer uma pessoa, mas pra conhecer Antônio Manuel é normal kkkkkkkk amei
ResponderExcluirLary, o Antonio Manoel é uma figura! É a pessoa mais engraçada que conheço, e essa forma que nos conhecemos foi estranha mesmo. Mas foi assim!
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